Práxis cristã

“Vinde benditos de meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro; e me receberam em sua casa”. Mt 25, 34-36. “Permanecem, portanto, estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas, porém, é o amor.” 1Cor 13, 13. “Deus é amor” 1Jo 4,8

O Pentecostes de Atos capítulo dois expressa o aperfeiçoamento da manifestação do Espírito de Deus na vida cristã. A expansão da mensagem do evangelho deu continuidade pela vida dos apóstolos. Em Cristo Jesus, o reino de Deus é presente em todo aquele que nele crê. Num dia festivo para os judeus, após a comemoração memorial da libertação dos hebreus da opressão egípcia em direção a uma nova ordem e terra, iniciaram a Festa das Semanas (Lv 23.15,16), um momento simbólico marcado pela colheita da produção de trigo. Das três festas comemoradas pelos judeus (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos) a segunda festividade era conhecida como o dia da santa convocação. Período em que todos os homens judeus tinham que comparecer ao santuário de Jerusalém para honrarem a Deus com as ofertas das primícias de suas lavouras e preparar a morte de um cordeiro em holocauto ao Senhor. Nisso, os judeus tinham a possibilidade de reunir seus servos, sua família, seus amigos e estrangeiros (Dt16.11): uma forma pedagógica de exercitar o compromisso com Deus e com o próximo, a fraternidade e a solidariedade num estado festivo. Em mais uma festa do Pestecoste realizada, Lucas registra o avivamento acontecido nos discípulos, no período da segunda festa, pelo Espírito Santo, os quais estavam, em obediência e fé, no cenáculo, orando, suplicando e se organizando para cumprirem a ordenança de Cristo (At2.8). Entrementes, os apóstolos tiveram ousadia. Na proclamação do evangelho por Pedro, mais de três mil pessoas de diferentes etnias foram agraciadas por Deus com a vida, os quais, posteriormente, como resultado, perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Princípios norteadores para a Igreja de Cristo em qualquer época. Perseverança na doutrina dos apóstolos: a mesma mensagem pura ensinada por Jesus Cristo em que o tempo está cumprido e o Reino de Deus se aproxima do moribundo para gerar-lhe vida. Um evangelho centralizado na Cruz de Cristo. Perseverança na comunhão: reflexos do exercício da fé e obediência a Cristo, que proporcionam intimidade com Deus e com o próximo, uma nova forma de viver concedida por Deus no interior do homem e não uma nova ordem social. Perseverança no partir do pão: um símbolo de fé ordenado por Cristo, anteriormente a sua crucificação (ICo11.23). Uma lembrança do partir do pão de Jesus juntamente com os seus discípulos. Perseverança nas orações: diálogo com Deus fundamental para o fortalecimento da vida cristã; seja coletiva ou individualmente em formas de confissão, adoração, súplicas interseção, etc. Nesse ínterim, meditemos: se Cristo nos transformou (e verdadeiramente é isso que acontece na vida do regenerado), nossa parcela de responsabilidade é perseverar pela práxis do evangelho.

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