Resumo:Embora a pederastia tenha uma ligação clara, natural e inegável com a homossexualidade, o que se vê na mídia é pederastia dentro das igrejas, pederastia dentro das famílias, mas jamais pederastia dentro do homossexualismo, num esforço flagrante de negar o inegável. http://juliosevero.blogspot.com.br/2006/04/padres-pedofilia-e-homossexualismo.html
Sem dúvida alguma, uma das questões mais importantes do catolicismo é sua proibição ao casamento dos padres.
Mesmo assim, nenhum homem é obrigado a se manter padre se sente fortes desejos sexuais. Ele pode simplesmente largar a batina e se casar com uma mulher. Mas se seus desejos não são normais — isto é, se ele se sente atraído não por uma mulher, mas por outros homens ou meninos —, o casamento com uma mulher é inútil para resolver seus problemas.
Portanto, o celibato não está levando automaticamente os padres à pedofilia, como imaginam alguns, pois um padre que quer casar tem a liberdade de largar a batina e escolher uma esposa. Nenhum padre é obrigado a estuprar meninos se sente desejos sexuais. Esse problema tem outra causa.
Resumo:Embora a pederastia tenha uma ligação clara, natural e inegável com a homossexualidade, o que se vê na mídia é pederastia dentro das igrejas, pederastia dentro das famílias, mas jamais pederastia dentro do homossexualismo, num esforço flagrante de negar o inegável. http://juliosevero.blogspot.com.br/2006/04/padres-pedofilia-e-homossexualismo.html
Sem dúvida alguma, uma das questões mais importantes do catolicismo é sua proibição ao casamento dos padres.
Mesmo
assim, nenhum homem é obrigado a se manter padre se sente fortes
desejos sexuais. Ele pode simplesmente largar a batina e se casar com
uma mulher. Mas se seus desejos não são normais — isto é, se ele se
sente atraído não por uma mulher, mas por outros homens ou meninos —, o
casamento com uma mulher é inútil para resolver seus problemas.
Portanto,
o celibato não está levando automaticamente os padres à pedofilia, como
imaginam alguns, pois um padre que quer casar tem a liberdade de largar
a batina e escolher uma esposa. Nenhum padre é obrigado a estuprar
meninos se sente desejos sexuais. Esse problema tem outra causa.
Descobri que os pedófilos identificam a si mesmos como “homens que amam meninos”. A repulsa que experimentamos diante da idéia de crianças serem atraídas, enganadas e usadas sexualmente por adultos, eles chamam depreciativamente de “pânico moral” ou de “histeria da opinião pública”. O Doutor Luiz Mott provê adiante uma amostra exemplar do que exatamente estes “amantes de ‘moleques’” estão falando ao se referirem a “amor”.
Em apenas 10 dias, Jornal Hoje defende PLC 122 como se fosse apenas um mero projeto de proteção aos homossexuais. Em seguida, o capítulo final da novela “Viver a Vida” traz “testemunho do ativista gay Oswaldo Braga. E agora, através do Programa do Jô, a Globo coloca o próprio Luiz Mott para fazer propaganda homossexual. Assista agora o vídeo do Blog Julio Severo mostrando e comentando os momentos mais interessantes de Mott no Programa do Jô: http://www.youtube.com/watch?v=jS5GNJxc1T4
Descobri que os pedófilos identificam a si mesmos como “homens que amam meninos”.
A repulsa que experimentamos diante da idéia de crianças serem
atraídas, enganadas e usadas sexualmente por adultos, eles chamam
depreciativamente de “pânico moral” ou de “histeria da opinião pública”.
O Doutor Luiz Mott provê adiante uma amostra exemplar do que exatamente
estes “amantes de ‘moleques’” estão falando ao se referirem a “amor”.
Em apenas 10 dias, Jornal Hoje
defende PLC 122 como se fosse apenas um mero projeto de proteção aos
homossexuais. Em seguida, o capítulo final da novela “Viver a Vida” traz
“testemunho do ativista gay Oswaldo Braga. E agora, através do Programa do Jô,
a Globo coloca o próprio Luiz Mott para fazer propaganda homossexual.
Assista agora o vídeo do Blog Julio Severo mostrando e comentando os
momentos mais interessantes de Mott no Programa do Jô: http://www.youtube.com/watch?v=jS5GNJxc1T4
HS - Ainda no campo do direito civil, o senhor tem defendido a redução da idade para o consentimento sexual. O que significa isso? LM - A maioridade sexual aos 18 anos é uma convenção recente na história da humanidade. O direito romano, o direito canônico, o direito filipino e as constituições católicas do Brasil durante o período colonial reconheciam que as moças podiam se casar a partir dos 12 anos e os rapazes, a partir dos 14. Dezoito anos é uma hipocrisia como idade mínima para a maioridade sexual, na medida em que pesquisas comprovam que a idade de iniciação sexual da maioria dos brasileiros é 15 anos. Se houver educação sexual nas escolas, ensinando como evitar gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, ensinando como reagir ao assédio sexual e também como respeitar a livre orientação sexual dos indivíduos, certamente aos 15 anos os nossos jovens estarão suficientemente esclarecidos para exercer sua sexualidade com responsabilidade. http://www.ggb.org.br/cultural-entrevista.html
CRÔNICAS
6. Meu moleque ideal Gosto não se discute, diz a sabedoria popular, e se assim não fosse, seríamos iguais a carneiros, todo mundo igual, sem nenhuma originalidade, gostando todos da mesma coisa. E a realidade comprova o contrário, que em matéria de gosto ou preferência sexual, nossa imaginação e desejos não têm limites. Basta entrar numa destas lojas de produtos eróticos ou folhear as páginas desta nossa querida revista, e veremos que tem gosto para tudo: os que curtem gente gorda, aqueles que preferem peludos, outras que querem sem pelo, muitos que adoram suruba, outros que sentem o maior tesão em se exibir, etc, etc. Em sexo, tudo é lindo e maravilhoso, e desde que as pessoas estejam de acordo e maiores de 18 anos segundo a lei em vigor, ninguém tem nada a ver com as preferências alheias. Cada qual no seu cada qual e fim de papo. Ou melhor, começo de papo!
Considero-me um gay felizardo pois amo e sou amado por um homem maravilhoso que preenche plenamente minhas fantasias e desejos sexuais, afetivos e de companheirismo. Nos gostamos tanto um do outro que várias vezes manifestamos o desejo de morrer juntos, pois só de imaginar a tristeza e solidão do desaparecimento da outra metade, isto nos provoca enorme tristeza e medo. Ainda existem casais gays românticos em plena época do divórcio, do amor livre e do sexo descartável. Caretice para alguns, felicidade para outros. Afinal, também em questão de afeto, gosto não se discute.
Analisando friamente as razões que levariam dois homens (ou duas mulheres, ou um homem e uma mulher) a viver com exclusividade uma paixão afetiva e erótica, creio que esta fidelidade poderia ser explicada quando menos por uma motivação bastante prática e mesmo oportunista: a dificuldade de encontrar um substituto melhor. Essa regra, constrangedora de ser constatada e verbalizada, parece ser universal: no dia em que a gente encontrar alguém que ofereça mais tesão, amizade e companheirismo do que a transa atual, ninguém é besta de continuar na mesmice em vez de optar pelo que promete ser muito melhor. Os que continuam fiéis a uma velha paixão só não mudam porque ainda não encontraram alguém que valha mais a pena. Ou porque não investem em novas procuras, ou porque não existe outro alguém que represente tão perfeitamente o que idealizamos como sendo nossa alma gêmea ou cara metade.
No fundo, todos nós, gays (e não gays) alimentamos em nossa imaginação um tipo ideal do homem que gostaríamos de amar e ter do lado. E que nem sempre é igual à nossa paixão atual. O ideal pode ser alto e branco, o real, baixo e preto. No meu caso, para dizer a verdade, se pudesse escolher livremente, o que eu queria mesmo não era um "homem" e sim um meninão. Um "efebo" do tipo daqueles que os nobres da Grécia antiga diziam que era a coisa mais fofa e gostosa para se amar e foder.
Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16 anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me importava a cor: adoraria se fosse negro como aquele moleque da boca carnuda da novela Terra Nostra; amaria se fosse moreninho miniatura do Xandi; gostaria também se fosse loirinho do tipo Leonardo di Caprio. Queria mesmoum moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação. De preferência inexperiente de sexo, melhor ainda se fosse completamente virgem e que descobrisse nos meus braços o gosto inebriante do erostimo. Sonho é sonho, e qual é o problema de querer demais?!
Queria que esse meu príncipezinho encantado fosse apaixonado pela vida, interessado em aprender comigo tudo o que de melhor eu mesmo aprendi nestes 50 e poucos anos de caminhada. Que gostasse de me ouvir, que se encantasse com tudo que sei fazer (desde pudim de leite e construir uma estante de madeira, a cuidar do jardim e navegar na internet), querendo tudo aprender para me superar em todas minhas limitações. Que acordasse de manhã com um sorriso lindo, me chamando de painho, que me fizesse massagem quando a dor na perna atacar. Honesto, carinhoso, alegre e amigo. Que me respondesse sempre ao primeiro chamado, contente de ser minha cara metade.
Quero um moleque fogoso, que fique logo com a pica dura e latejando ao menor toque de minha mão. Que se contorça todo de prazer, de olho fechado, quando lambo seu caralho, devagarinho, da cabeça até o talo. Que fique com o cuzinho piscando, fisgando, se abrindo e fechando, quando massageio delicadamente seu furico. Cuzinho bem limpo, piscando na ponta do dedo molhado com um pouquinho de cuspe é das sensações mais sacanas que um homem pode sentir: o moleque querendo meu cacete, se abrindo, excitado para engolir a manjuba toda. Gostosura assim, só dois homens podem sentir!
Assim é como imagino meu moleque ideal: pode ser machudinho, parrudo, metido a bofe. Pode ser levemente efeminado, manhoso, delicado. Traço os dois! Tendo pica é o que basta: grossa ou fina, grande ou pequena, torta ou reta, tanto faz. Se tiver catinguinha no sovaco, uma delícia! Se for descarado na cama e no começo da transa quiser chupar meu furico, melhor ainda. Sem pudor, sem tabu.
Ah, meu menino lindo! Se você existir, se você algum dia me aparecer, que seja logo, pois quero estar ainda com tudo em cima e dar conta do recado, pois do jeito que quero te amar e que vamos foder, vou precisar de muito mocotó ou viagra para dar conta do rojão....
HS - Ainda no campo do direito civil, o senhor tem
defendido a redução da idade para o consentimento sexual. O que
significa isso?
LM - A maioridade sexual aos 18 anos é uma
convenção recente na história da humanidade. O direito romano, o direito
canônico, o direito filipino e as constituições católicas do Brasil
durante o período colonial reconheciam que as moças podiam se casar a
partir dos 12 anos e os rapazes, a partir dos 14. Dezoito anos é uma hipocrisia como idade mínima para a maioridade sexual,
na medida em que pesquisas comprovam que a idade de iniciação sexual da
maioria dos brasileiros é 15 anos. Se houver educação sexual nas
escolas, ensinando como evitar gravidez indesejada e doenças sexualmente
transmissíveis, ensinando como reagir ao assédio sexual e também como
respeitar a livre orientação sexual dos indivíduos, certamente aos 15 anos os nossos jovens estarão suficientemente esclarecidos para exercer sua sexualidade com responsabilidade. http://www.ggb.org.br/cultural-entrevista.html
CRÔNICAS
6. Meu moleque ideal
Gosto
não se discute, diz a sabedoria popular, e se assim não fosse, seríamos
iguais a carneiros, todo mundo igual, sem nenhuma originalidade,
gostando todos da mesma coisa. E a realidade comprova o contrário, que
em matéria de gosto ou preferência sexual, nossa imaginação e desejos
não têm limites. Basta entrar numa destas lojas de produtos eróticos ou
folhear as páginas desta nossa querida revista, e veremos que tem gosto
para tudo: os que curtem gente gorda, aqueles que preferem peludos,
outras que querem sem pelo, muitos que adoram suruba, outros que sentem o
maior tesão em se exibir, etc, etc. Em sexo, tudo é lindo e
maravilhoso, e desde que as pessoas estejam de acordo e maiores de 18 anos segundo a lei em vigor, ninguém tem nada a ver com as preferências alheias. Cada qual no seu cada qual e fim de papo. Ou melhor, começo de papo!
Considero-me
um gay felizardo pois amo e sou amado por um homem maravilhoso que
preenche plenamente minhas fantasias e desejos sexuais, afetivos e de
companheirismo. Nos gostamos tanto um do outro que várias vezes
manifestamos o desejo de morrer juntos, pois só de imaginar a tristeza e
solidão do desaparecimento da outra metade, isto nos provoca enorme
tristeza e medo. Ainda existem casais gays românticos em plena época do
divórcio, do amor livre e do sexo descartável. Caretice para alguns,
felicidade para outros. Afinal, também em questão de afeto, gosto não se
discute.
Analisando friamente as razões que levariam dois homens
(ou duas mulheres, ou um homem e uma mulher) a viver com exclusividade
uma paixão afetiva e erótica, creio que esta fidelidade poderia ser
explicada quando menos por uma motivação bastante prática e mesmo
oportunista: a dificuldade de encontrar um substituto melhor. Essa
regra, constrangedora de ser constatada e verbalizada, parece ser
universal: no dia em que a gente encontrar alguém que ofereça mais
tesão, amizade e companheirismo do que a transa atual, ninguém é besta
de continuar na mesmice em vez de optar pelo que promete ser muito
melhor. Os que continuam fiéis a uma velha paixão só não mudam porque
ainda não encontraram alguém que valha mais a pena. Ou porque não
investem em novas procuras, ou porque não existe outro alguém que
represente tão perfeitamente o que idealizamos como sendo nossa alma
gêmea ou cara metade.
No fundo, todos nós, gays (e não gays)
alimentamos em nossa imaginação um tipo ideal do homem que gostaríamos
de amar e ter do lado. E que nem sempre é igual à nossa paixão atual. O
ideal pode ser alto e branco, o real, baixo e preto. No meu caso, para
dizer a verdade, se pudesse escolher livremente, o que eu queria mesmo
não era um "homem" e sim um meninão. Um "efebo" do tipo daqueles que os nobres da Grécia antiga diziam que era a coisa mais fofa e gostosa para se amar e foder.
Se
nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria
encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16
anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me
importava a cor: adoraria se fosse negro como aquele moleque da boca
carnuda da novela Terra Nostra; amaria se fosse moreninho miniatura do
Xandi; gostaria também se fosse loirinho do tipo Leonardo di Caprio. Queria mesmoum moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação.
De preferência inexperiente de sexo, melhor ainda se fosse
completamente virgem e que descobrisse nos meus braços o gosto
inebriante do erostimo. Sonho é sonho, e qual é o problema de querer
demais?!
Queria que esse meu príncipezinho encantado fosse
apaixonado pela vida, interessado em aprender comigo tudo o que de
melhor eu mesmo aprendi nestes 50 e poucos anos de caminhada. Que
gostasse de me ouvir, que se encantasse com tudo que sei fazer (desde
pudim de leite e construir uma estante de madeira, a cuidar do jardim e
navegar na internet), querendo tudo aprender para me superar em todas
minhas limitações. Que acordasse de manhã com um sorriso lindo, me
chamando de painho, que me fizesse massagem quando a dor na perna
atacar. Honesto, carinhoso, alegre e amigo. Que me respondesse sempre ao
primeiro chamado, contente de ser minha cara metade.
Quero um
moleque fogoso, que fique logo com a pica dura e latejando ao menor
toque de minha mão. Que se contorça todo de prazer, de olho fechado,
quando lambo seu caralho, devagarinho, da cabeça até o talo. Que fique
com o cuzinho piscando, fisgando, se abrindo e fechando, quando
massageio delicadamente seu furico. Cuzinho bem limpo, piscando na ponta
do dedo molhado com um pouquinho de cuspe é das sensações mais sacanas
que um homem pode sentir: o moleque querendo meu cacete, se abrindo,
excitado para engolir a manjuba toda. Gostosura assim, só dois homens
podem sentir!
Assim é como imagino meu moleque ideal: pode ser
machudinho, parrudo, metido a bofe. Pode ser levemente efeminado,
manhoso, delicado. Traço os dois! Tendo pica é o que basta: grossa ou
fina, grande ou pequena, torta ou reta, tanto faz. Se tiver catinguinha
no sovaco, uma delícia! Se for descarado na cama e no começo da transa
quiser chupar meu furico, melhor ainda. Sem pudor, sem tabu.
Ah,
meu menino lindo! Se você existir, se você algum dia me aparecer, que
seja logo, pois quero estar ainda com tudo em cima e dar conta do
recado, pois do jeito que quero te amar e que vamos foder, vou precisar
de muito mocotó ou viagra para dar conta do rojão....
Ninguém nasce gay ou heterossexual. Desejo sexual, ao contrario do que se imagina, não tem origem nos instintos naturais do ser humanos, diz o sociólogo americano John Gagnon. Ele faz estudos sobre sexo há 40 anos. Foi um dos primeiros a contrariar a perspectiva defendida pelo sexólogo Alfred Kinsey, que afirmava ser o sexo um instinto natural. Em contrapartida, Gagnon propôs a idéia de que o comportamento sexual é completamente regido por regras sociais. O livro Uma Interpretação do Desejo, lançado na semana passada no Brasil, é o primeiro de John Gagnon publicado em português. Reúne os mais importantes ensaios do pesquisador.
O filósofo francês Michel Foucault credita a Gagnon a base de seus estudos sobre a sexualidade do ponto de vista sociológico. E por que Foucault ficou mais famoso que ele? 'Porque ele é francês, e ainda por cima filósofo, o que é muito chique. Eu sou só um pobre sociólogo americano!', disse Gagnon em entrevista a ÉPOCA.
JOHN GAGNON
Quem ele é Sociólogo americano de 74 anos, é casado e tem quatro filhos
O que ele faz
Professor emérito da Universidade do Estado de Nova York
O que ele estuda É um dos pioneiros no estudo sobre sexo. Publicou 12 livros e 100 artigos. Na semana passada, lançou o primeiro no Brasil, Uma Interpretação do Desejo
ÉPOCA - Existe um impulso natural nos seres humanos para fazer sexo? John Gagnon - Não. As pessoas agem impulsivamente, sem pensar no que estão fazendo. Mas não existe um impulso natural para o sexo. Como todo mundo faz sexo, achamos que somos impelidos a isso. Em minha carreira, analisei como os atos sexuais são diferentes em épocas e lugares diversos: do Brasil de hoje à Rússia de cem anos atrás. As atividades sexuais são parecidas, mas as razões ou motivações que levam as pessoas a transar são diferentes.
ÉPOCA - Há um conflito entre nossas necessidades sexuais e a repressão imposta pela cultura? Gagnon - Não há um conflito entre o que está dentro do indivíduo e o que a cultura diz, mas sim um conflito dentro da cultura. Entre o que as pessoas gostariam de fazer e o que é considerado apropriado. A cultura oferece diversas possibilidades. Você pode querer ter relações homossexuais, fazer sexo só no casamento, transar com uma pessoa bem jovem ou mais velha. Todas as possibilidades estão lá, mas a cultura também nos diz quais são as corretas.
ÉPOCA - A orientação sexual é socialmente determinada? Gagnon - Sim. Existem evidências de que a homossexualidade é construída socialmente. É uma capacidade aprendida, não algo com que se nasce.
ÉPOCA - Mas essa visão social não alimenta o discurso conservador de que o gay pode virar hétero? Gagnon - Sim, desde que os conservadores também admitam que um hétero pode virar gay. A sexualidade é mais flexível do que permitimos.
ÉPOCA - A atração sexual também é socialmente aprendida? Gagnon - É. Nós costumamos reduzir o que achamos atraente nos outros. Há um rol de coisas que podem causar excitação sexual e a maior parte das pessoas não vê. No começo do século XX, o que homens e mulheres achavam sexy era diferente do padrão de hoje. Tudo depende da cultura, do que a pessoa aprendeu que deve desejar.
ÉPOCA - O que acha da escala Kinsey, que identifica a preferência sexual em seis estágios que variam da homossexualidade total à heterossexualidade total? Gagnon - É um jeito interessante de pensar a sexualidade, mas deixa de lado todos os fatores sociais. Kinsey queria criar uma variável contínua, mas as pessoas vivem de modo descontínuo. Há uma diferença entre ter uma identidade sexual e uma prática sexual. Um homem que se diz gay não é homossexual apenas porque faz sexo com homens. Ser gay tem a ver com o comportamento com os amigos, a política etc. O gay é uma nova pessoa social. Há homens que só têm relações sexuais com homens, mas não se apresentam como gays porque não pensam como gays.
MUDANÇA Nos anos 30, Judy Garland e Mickey Rooney faziam o par romântico, mas nunca falavam em sexo
ÉPOCA - As fantasias sexuais também são desenhadas socialmente? Gagnon - Sim. Ninguém inventa as próprias fantasias. Elas são partes de uma peça que as pessoas montam em sua cabeça, mas cujo enredo já está escrito. Lembro de uma vez em que andava de carro com minha filha e suas amigas de 12 anos. Elas se esqueceram de que eu estava ali e começaram a falar de suas fantasias sexuais. Uma delas disse: 'Penso em ir à praia num Porsche e caminhar na areia de mãos dadas'. A garota seguinte disse: 'Penso em ir à praia com um jovem bonito, num carro chique...'. Todas as histórias eram iguais! Se eu fosse um pai careta, teria me tranqüilizado naquele momento, pois nenhuma delas falava de sexo. Elas só sabiam o script do romance.
ÉPOCA - E por que o romance é tão importante? Gagnon - As relações românticas datam do início da Idade Média, mas não eram sexuais. Nos anos 30, por exemplo, Judy Garland e Mickey Rooney faziam sucesso nos filmes como par romântico, mas nunca falavam em sexo. Só mais recentemente o sexo com romance se tornou importante.
ÉPOCA - Qual é sua teoria sobre papéis sexuais? Gagnon - Os papéis são os elementos que você tem de saber para poder se relacionar com o outro. Quando quer fazer sexo, você se pergunta: é a pessoa apropriada?; é homem ou mulher?; é meu chefe?; dá para fazermos sexo na sala de casa?; fechados no escritório? A pessoa é um ser social e sabe quais situações serão aceitas. Tudo é aprendido. Não está incrustado no corpo.
ÉPOCA - Como os papéis são aprendidos? Gagnon - As pessoas aprendem a ser sexuais da mesma maneira que aprendem a jogar futebol: praticando.
'Ninguém inventa as próprias fantasias. Elas são partes de uma peça que as pessoas montam em sua cabeça - mas cujo enredo já está escrito'
ÉPOCA - No passado, quando sexo era um tabu, como as pessoas aprendiam a exercer seus papéis sexuais? Gagnon - Todos os filmes tinham cenas de beijo e, às vezes, uma garota ficava grávida. Muitos jovens achavam que beijar engravidava. Mas havia outras fontes de conhecimento. Os encontros duplos no drive-in, por exemplo. O casal sentado no banco da frente olhava o retrovisor para ver o que fazia o casal no banco de trás. Meninos e meninas conversavam entre si e também com amigos do mesmo sexo. Se voltarmos no tempo, quando não havia cinema, as pessoas aprendiam nos livros, observando animais ou vivendo em casa sem muita privacidade.
ÉPOCA - Várias formas de conduta sexual vêm sendo aceitas. Qual será o futuro se continuarmos a nos abrir para novas possibilidades? Gagnon - Não vamos fazer nada fisicamente diferente. Todo mundo acha que as pessoas vão fazer mais sexo. Mas o corpo é um recurso limitado e há apenas alguns arranjos possíveis. O interessante não são as atividades físicas, mas a forma como as pessoas encaixam o sexo dentro de sua vida. O futuro não será simplesmente físico, mas cultural.
ÉPOCA - Como isso vai acontecer? Gagnon - A próxima geração será mais racional em relação à vida sexual. Vai pensar por que o sexo é importante: se é uma fonte de prazer, o que significa estar com esta ou aquela pessoa. Ao mesmo tempo, os jovens vão perceber que sexo não é o que há de mais relevante na vida. Temos de pensar em como viver longos relacionamentos com ou sem sexo. No futuro, ficaremos melhores nisso.
ÉPOCA - E o sexo na internet? Gagnon - A tecnologia pode tanto melhorar como piorar nossa vida sexual. Muitas vezes, quem toma Viagra não pensa se a ereção prolongada agradará ao parceiro, o usuário final. Os brinquedos sexuais e até o sexo pela internet também podem ter bons e maus usos. O problema é que não sabemos como dosá-los.
Ninguém
nasce gay ou heterossexual. Desejo sexual, ao contrario do que se imagina, não
tem origem nos instintos naturais do ser humanos, diz o sociólogo americano John Gagnon. Ele faz estudos sobre
sexo há 40 anos. Foi um dos primeiros a contrariar a perspectiva
defendida pelo sexólogo Alfred Kinsey, que afirmava ser o sexo um
instinto natural. Em contrapartida, Gagnon propôs a idéia de que o
comportamento sexual é completamente regido por regras sociais. O livro Uma Interpretação do Desejo,
lançado na semana passada no Brasil, é o primeiro de John Gagnon
publicado em português. Reúne os mais importantes ensaios do
pesquisador.
O filósofo francês Michel Foucault credita a Gagnon a base de seus
estudos sobre a sexualidade do ponto de vista sociológico. E por que
Foucault ficou mais famoso que ele? 'Porque ele é francês, e ainda por
cima filósofo, o que é muito chique. Eu sou só um pobre sociólogo
americano!', disse Gagnon em entrevista a ÉPOCA.
JOHN GAGNON
Quem ele é Sociólogo americano de 74 anos, é casado e tem quatro filhos
O que ele faz
Professor emérito da Universidade do Estado de Nova York
O que ele estuda É um dos pioneiros no estudo sobre sexo. Publicou 12 livros e 100 artigos. Na semana passada, lançou o primeiro no Brasil, Uma Interpretação do Desejo
ÉPOCA - Existe um impulso natural nos seres humanos para fazer sexo? John Gagnon
- Não. As pessoas agem impulsivamente, sem pensar no que estão fazendo.
Mas não existe um impulso natural para o sexo. Como todo mundo faz
sexo, achamos que somos impelidos a isso. Em minha carreira, analisei
como os atos sexuais são diferentes em épocas e lugares diversos: do
Brasil de hoje à Rússia de cem anos atrás. As atividades sexuais são
parecidas, mas as razões ou motivações que levam as pessoas a transar
são diferentes.
ÉPOCA - Há um conflito entre nossas necessidades sexuais e a repressão imposta pela cultura? Gagnon
- Não há um conflito entre o que está dentro do indivíduo e o que a
cultura diz, mas sim um conflito dentro da cultura. Entre o que as
pessoas gostariam de fazer e o que é considerado apropriado. A cultura
oferece diversas possibilidades. Você pode querer ter relações
homossexuais, fazer sexo só no casamento, transar com uma pessoa bem
jovem ou mais velha. Todas as possibilidades estão lá, mas a cultura
também nos diz quais são as corretas.
ÉPOCA - A orientação sexual é socialmente determinada? Gagnon
- Sim. Existem evidências de que a homossexualidade é construída
socialmente. É uma capacidade aprendida, não algo com que se nasce.
ÉPOCA - Mas essa visão social não alimenta o discurso conservador de que o gay pode virar hétero? Gagnon - Sim, desde que os conservadores também admitam que um hétero pode virar gay. A sexualidade é mais flexível do que permitimos.
ÉPOCA - A atração sexual também é socialmente aprendida? Gagnon
- É. Nós costumamos reduzir o que achamos atraente nos outros. Há um
rol de coisas que podem causar excitação sexual e a maior parte das
pessoas não vê. No começo do século XX, o que homens e mulheres achavam
sexy era diferente do padrão de hoje. Tudo depende da cultura, do que a
pessoa aprendeu que deve desejar.
ÉPOCA - O que
acha da escala Kinsey, que identifica a preferência sexual em seis
estágios que variam da homossexualidade total à heterossexualidade
total? Gagnon - É um jeito interessante de pensar a
sexualidade, mas deixa de lado todos os fatores sociais. Kinsey queria
criar uma variável contínua, mas as pessoas vivem de modo descontínuo.
Há uma diferença entre ter uma identidade sexual e uma prática sexual.
Um homem que se diz gay não é homossexual apenas porque faz sexo com
homens. Ser gay tem a ver com o comportamento com os amigos, a política
etc. O gay é uma nova pessoa social. Há homens que só têm relações
sexuais com homens, mas não se apresentam como gays porque não pensam
como gays.
MUDANÇA
Nos anos 30, Judy Garland e Mickey Rooney faziam o par romântico,
mas nunca falavam em sexo
ÉPOCA - As fantasias sexuais também são desenhadas socialmente? Gagnon
- Sim. Ninguém inventa as próprias fantasias. Elas são partes de uma
peça que as pessoas montam em sua cabeça, mas cujo enredo já está
escrito. Lembro de uma vez em que andava de carro com minha filha e suas
amigas de 12 anos. Elas se esqueceram de que eu estava ali e começaram a
falar de suas fantasias sexuais. Uma delas disse: 'Penso em ir à praia
num Porsche e caminhar na areia de mãos dadas'. A garota seguinte disse:
'Penso em ir à praia com um jovem bonito, num carro chique...'. Todas
as histórias eram iguais! Se eu fosse um pai careta, teria me
tranqüilizado naquele momento, pois nenhuma delas falava de sexo. Elas
só sabiam o script do romance.
ÉPOCA - E por que o romance é tão importante? Gagnon
- As relações românticas datam do início da Idade Média, mas não eram
sexuais. Nos anos 30, por exemplo, Judy Garland e Mickey Rooney faziam
sucesso nos filmes como par romântico, mas nunca falavam em sexo. Só
mais recentemente o sexo com romance se tornou importante.
ÉPOCA - Qual é sua teoria sobre papéis sexuais? Gagnon
- Os papéis são os elementos que você tem de saber para poder se
relacionar com o outro. Quando quer fazer sexo, você se pergunta: é a
pessoa apropriada?; é homem ou mulher?; é meu chefe?; dá para fazermos
sexo na sala de casa?; fechados no escritório? A pessoa é um ser social e
sabe quais situações serão aceitas. Tudo é aprendido. Não está
incrustado no corpo.
ÉPOCA - Como os papéis são aprendidos? Gagnon - As pessoas aprendem a ser sexuais da mesma maneira que aprendem a jogar futebol: praticando.
'Ninguém
inventa as próprias fantasias. Elas são partes de uma peça que as
pessoas montam em sua cabeça - mas cujo enredo já está escrito'
ÉPOCA - No passado, quando sexo era um tabu, como as pessoas aprendiam a exercer seus papéis sexuais? Gagnon
- Todos os filmes tinham cenas de beijo e, às vezes, uma garota ficava
grávida. Muitos jovens achavam que beijar engravidava. Mas havia outras
fontes de conhecimento. Os encontros duplos no drive-in, por exemplo. O
casal sentado no banco da frente olhava o retrovisor para ver o que
fazia o casal no banco de trás. Meninos e meninas conversavam entre si e
também com amigos do mesmo sexo. Se voltarmos no tempo, quando não
havia cinema, as pessoas aprendiam nos livros, observando animais ou
vivendo em casa sem muita privacidade.
ÉPOCA -
Várias formas de conduta sexual vêm sendo aceitas. Qual será o futuro se
continuarmos a nos abrir para novas possibilidades? Gagnon
- Não vamos fazer nada fisicamente diferente. Todo mundo acha que as
pessoas vão fazer mais sexo. Mas o corpo é um recurso limitado e há
apenas alguns arranjos possíveis. O interessante não são as atividades
físicas, mas a forma como as pessoas encaixam o sexo dentro de sua vida.
O futuro não será simplesmente físico, mas cultural.
ÉPOCA - Como isso vai acontecer? Gagnon
- A próxima geração será mais racional em relação à vida sexual. Vai
pensar por que o sexo é importante: se é uma fonte de prazer, o que
significa estar com esta ou aquela pessoa. Ao mesmo tempo, os jovens vão
perceber que sexo não é o que há de mais relevante na vida. Temos de
pensar em como viver longos relacionamentos com ou sem sexo. No futuro,
ficaremos melhores nisso.
ÉPOCA - E o sexo na internet? Gagnon
- A tecnologia pode tanto melhorar como piorar nossa vida sexual.
Muitas vezes, quem toma Viagra não pensa se a ereção prolongada agradará
ao parceiro, o usuário final. Os brinquedos sexuais e até o sexo pela
internet também podem ter bons e maus usos. O problema é que não sabemos
como dosá-los.
O primeiro partido declaradamente pedófilo, que "nasce" nesta terça-feira na Holanda com o objetivo de liberar a pornografia infantil e as relações sexuais entre adultos e crianças, se chamará NVD (Amor ao próximo, Liberdade e Diversidade).
"Educar as crianças significa também acostumá-las ao sexo. Proibir deixa as crianças mais curiosas", afirmou Ad van den Berg, 62, fundador do partido, em entrevista ao jornal holandês "Algemeen Dagblad".
Segundo Van den Berg, a imagem dos pedófilos foi desonrada pelo escândalo do assassino de crianças belga Marc Dutroux, mas, segundo ele, o lançamento do partido político pode reverter esse quadro.
No programa do NVD não há apenas pornografia infantil: o partido propõe a extinção do Senado e das funções do primeiro-ministro, a legalização de todas as drogas, leves e pesadas, e prisão perpétua para assassinos reincidentes.
O partido, em seu site na internet, afirma que qualquer pessoa que tiver completado 16 anos deveria poder interpretar filmes pornôs e que a maioridade sexual deveria ser abaixada para 12 anos.
O primeiro partido declaradamente
pedófilo, que "nasce" nesta terça-feira na Holanda com o objetivo de
liberar a pornografia infantil e as relações sexuais entre adultos e
crianças, se chamará NVD (Amor ao próximo, Liberdade e Diversidade).
"Educar
as crianças significa também acostumá-las ao sexo. Proibir deixa as
crianças mais curiosas", afirmou Ad van den Berg, 62, fundador do
partido, em entrevista ao jornal holandês "Algemeen Dagblad".
Segundo
Van den Berg, a imagem dos pedófilos foi desonrada pelo escândalo do
assassino de crianças belga Marc Dutroux, mas, segundo ele, o lançamento
do partido político pode reverter esse quadro.
No programa do
NVD não há apenas pornografia infantil: o partido propõe a extinção do
Senado e das funções do primeiro-ministro, a legalização de todas as
drogas, leves e pesadas, e prisão perpétua para assassinos reincidentes.
O
partido, em seu site na internet, afirma que qualquer pessoa que tiver
completado 16 anos deveria poder interpretar filmes pornôs e que a
maioridade sexual deveria ser abaixada para 12 anos.
Berlim, 21 fev (EFE) - Um casal de irmãos alemães, que há anos têm um relacionamento estável que deixou como frutos quatro filhos, apresentará uma petição no Tribunal Constitucional (TC) com o objetivo de obter a legalização da união.
"Antes do final de fevereiro, apresentarei a reivindicação ao TC", disse um dos advogados do casal, Endrik Wilhelm, em declarações publicadas na edição de hoje do jornal "Bild".
A publicação identifica o casal como Patrick S., de 30 anos, e Susan K., de 22, que moram juntos com sua filha mais nova, Sofia, de 1 ano.
Tanto o casal como seu advogado parecem estar convencidos de que conseguirão declarar inconstitucional o artigo 173 do código penal, que qualifica o incesto como crime e fixa penas de prisão de até 3 anos para quem tiver relações sexuais com os filhos, e de até 2 anos para os que fizerem o mesmo com o pai, a mãe, o irmão ou a irmã.
Joachim Frömling, outro advogado do casal, considera o artigo 173 "uma violação aos direitos fundamentais e uma relíquia histórica".
Em 2002, Patrick S. foi condenado a 1 ano de prisão após gerar seu primeiro filho, Erick, mas ganhou liberdade provisória.
Como no ano seguinte o casal teve uma filha, Sarah, e em 2004 mais uma, Nancy, Patrick S. foi condenado a 2 anos e meio de prisão, mas conseguiu engravidar a irmã pela quarta vez antes de ser preso.
Patrick S. fez operação de vasectomia e não pode mais ter filhos.
No entanto, como Patrick S. ainda tem cumprir mais de um ano de prisão e deveria voltar à cadeia no final de março, os advogados pretendem começar o processo contra o artigo 173 do código penal antes desta data. EFE
Berlim, 21 fev (EFE) - Um casal de irmãos alemães, que há anos têm
um relacionamento estável que deixou como frutos quatro filhos,
apresentará uma petição no Tribunal Constitucional (TC) com o objetivo
de obter a legalização da união.
"Antes do final de fevereiro,
apresentarei a reivindicação ao TC", disse um dos advogados do casal,
Endrik Wilhelm, em declarações publicadas na edição de hoje do jornal
"Bild".
A publicação identifica o casal como Patrick S., de 30
anos, e Susan K., de 22, que moram juntos com sua filha mais nova,
Sofia, de 1 ano.
Tanto o casal como seu advogado parecem estar
convencidos de que conseguirão declarar inconstitucional o artigo 173 do
código penal, que qualifica o incesto como crime e fixa penas de prisão
de até 3 anos para quem tiver relações sexuais com os filhos, e de até 2
anos para os que fizerem o mesmo com o pai, a mãe, o irmão ou a irmã.
Joachim
Frömling, outro advogado do casal, considera o artigo 173 "uma violação
aos direitos fundamentais e uma relíquia histórica".
Em 2002, Patrick S. foi condenado a 1 ano de prisão após gerar seu primeiro filho, Erick, mas ganhou liberdade provisória.
Como
no ano seguinte o casal teve uma filha, Sarah, e em 2004 mais uma,
Nancy, Patrick S. foi condenado a 2 anos e meio de prisão, mas conseguiu
engravidar a irmã pela quarta vez antes de ser preso.
Patrick S. fez operação de vasectomia e não pode mais ter filhos.
No
entanto, como Patrick S. ainda tem cumprir mais de um ano de prisão e
deveria voltar à cadeia no final de março, os advogados pretendem
começar o processo contra o artigo 173 do código penal antes desta data.
EFE