sábado, 19 de abril de 2014

Nesse mundo querem pegar, que só vale é quem tem. Quem não tem nada vale.

Ostentação é o ato ou efeito de ostentar, quer dizer “apresentar” ou “mostrar” num sentido exibicionista, estando ligado ao orgulho, à presunção ou simplesmente à vaidade. É o ato de alguém que exibe as suas riquezas ou as suas próprias qualidades, sublinhando a importância de algo que tem, que fez ou que é. Ostentação é uma palavra que tem origem no termo em latim ostentatio, que significa exibição vã ou inútil. Uma pessoa que recorre à ostentação é muitas vezes conhecida como afetada ou fútil.
Esta é uma palavra bastante usada no contexto do funk, mais concretamente em músicas da autoria do MC Daleste (Ostentação Fora do Normal) e da MC Pocahontas (Mulher do Poder). Recentemente a palavra ostentação tem ganhado grande destaque nos principais meios de comunicação, principalmente através daquilo que é chamado de funk ostentação. A palavra ostentação significa exibição exagerada, ou seja, é o ato de exibição daquilo que se tem em busca de status ou reconhecimento dentro de determinado grupo. A ostentação não é um atributo apenas de alguns funkeiros, onde procuram cantar e exibir carrões, roupas de marca, relógios de ouro, etc., mas existe em vários lugares e se manifesta de diversas formas (no meio político, intelectual, entre ricos e pobres). Nos bailes funk o conteúdo das músicas fazem sempre apologia a belos carros, lugares glamorosos, roupas e relógios de marcas luxuosas, enquanto isso, os funkeiros exibem tudo aquilo que cantam para que seus seguidores continuem dando crédito a eles. O show dura aproximadamente meia hora e o valor varia entre cinco a oitenta mil reais, ou seja, no palco encontra-se um artista lucrando para ostentar, falar e cantar sobre tudo aquilo que as pessoas desejam possuir, e na plateia normalmente estão aqueles que pagam para ouvir aquilo que desejam ter, mas que de fato não têm nem mesmo o dinheiro da passagem de ônibus de volta para a casa. E depois dizem que os desequilibrados mentais são apenas aqueles que estão internados em hospitais psiquiátricos. 

Eclesiastes 2 
1 Pensei comigo mesmo: Vamos. Vou experimentar a alegria. Descubra as coisas boas da vida! Mas isso também se revelou inútil. 2 Concluí que o rir é loucura, e a alegria de nada vale. 3 Decidi-me entregar ao vinho e à extravagância; mantendo, porém, a mente orientada pela sabedoria. Eu queria saber o que valesse a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana. 4 Lancei-me a grandes projetos: construí casas e plantei vinhas para mim. 5 Fiz jardins e pomares, e neles plantei todo tipo de árvore frutífera. 6 Construí também reservatórios para regar os meus bosques verdejantes. 7 Comprei escravos e escravas e tive escravos que nasceram em minha casa. Além disso tive também mais bois e ovelhas do que todos os que viveram antes de mim em Jerusalém. 8 Ajuntei para mim prata e ouro, tesouros de reis e de províncias. Servi-me de cantores e cantoras, e também de um harém, as delícias do homem. 9 Tornei-me mais famoso e poderoso do que todos os que viveram em Jerusalém antes de mim, conservando comigo a minha sabedoria. 10 Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Na verdade, eu me alegrei em todo o meu trabalho; essa foi a recompensa de todo o meu esforço. 11 Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há qualquer proveito no que se faz debaixo do sol. 12 Então passei a refletir na sabedoria, na loucura e na insensatez. O que pode fazer o sucessor do rei a não ser repetir o que já foi feito? 13 Percebi que a sabedoria é melhor que a insensatez, assim como a luz é melhor do que as trevas. 14 O homem sábio tem olhos que enxergam, mas o tolo anda nas trevas; todavia, percebi que ambos têm o mesmo destino. 15 Então pensei comigo mesmo: O que acontece ao tolo também me acontecerá. Que proveito eu tive em ser sábio? Então eu disse no meu íntimo: Isso não faz o menor sentido! 16 Nem o sábio, nem o tolo, serão lembrados para sempre; nos dias futuros ambos serão esquecidos. Como pode o sábio morrer como morre o tolo? 17 Por isso desprezei a vida, pois o trabalho que se faz debaixo do sol pareceu-me muito pesado. Tudo era inútil, era correr atrás do vento. 18 Desprezei todas as coisas pelas quais eu tanto me esforçara debaixo do sol, pois terei que deixá-las para aquele que me suceder. 19 E quem pode dizer se ele será sábio ou tolo? Contudo, terá domínio sobre tudo o que realizei com o meu trabalho e com a minha sabedoria debaixo do sol. Isso também não faz sentido. 20 Cheguei ao ponto de me desesperar por causa de todo o trabalho em que tanto me esforcei debaixo do sol. 21 Pois um homem pode realizar o seu trabalho com sabedoria, conhecimento e habilidade, mas terá que deixar tudo o que possui como herança para alguém que não se esforçou por aquilo. Isso também é um absurdo e uma grande injustiça. 22 Que proveito tem um homem de todo o esforço e de toda a ansiedade com que trabalha debaixo do sol? 23 Durante toda a sua vida, seu trabalho não passa de dor e tristeza; mesmo à noite a sua mente não descansa. Isso também é absurdo. 24 Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho. E vi que isso também vem da mão de Deus. 25 E quem aproveitou melhor as comidas e os prazeres do que eu? 26 Ao homem que o agrada, Deus recompensa com sabedoria, conhecimento e felicidade. Quanto ao pecador, Deus o encarrega de ajuntar e armazenar riquezas para entregá-las a quem o agrada. Isso também é inútil, é correr atrás do vento. 

Reportagem
Cresce número de adolescentes que cometem crimes para ostentação
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/03/21/interna_gerais,510290/cresce-numero-de-adolescentes-que-cometem-crimes-para-ostentacao.shtml

O funk ostentação paulista, os "rolezinhos" e o desejo de consumo: o querer ter sem poder ter
http://empautasurdezediferenca.blogspot.com.br/2014/01/o-funk-ostentacao-paulista-os.html



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